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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

As crianças, a vida e os antipsicóticos- Parte 4 e última

Continuação de "As crianças, a vida e os antipsicóticos- Parte 1"
                            "As crianças, a vida e os antipsicóticos- Parte 2"
                            "As crianças, a vida e os antipsicóticos- Parte 3"

Percurso do pensar
1 - Carroças, carros e aviões
2 - Equilíbrio estímulo-córtex
3 - Estratégia "estímulos versus córtex"
4 - Estratégia "córtex versus estímulos"
5 - Cortex versus vida parte 4
     1- Ondas cerebrais, 2- Yoga e Meditação, 3- A vida, 4-Conclusão

Tema

Os cérebros são todos diferentes, todos incríveis, todos com vida própria e cada um diferente em cada momento. Eles são […como a água de um rio que é sempre a mesma e nunca é igual...], bastando [...adormecer e sonhar para ficar diferente com ideias que não tinha antes e de efeitos desconhecidos]*.
[*] - ver "A interpretação dos sonhos", Sigismund Freud
Os cérebros são propriedade privada que, por muito que os controlem, surpresas sempre aparecem. Nunca se pode esquecer que, mesmo em transplantes, o dono tem que ir incluído.

Um "cérebro" de 8 anos a pensar:
-  O cérebro é meu e ele é surpreendente (amazing).

5 - Córtex versus vida

5.1 - Ondas cerebrais

Viver é receber um estímulo e reagir a ele. Fazer esta conexão é o trabalho do córtex durante 24 horas por dia, 30 dias por mês, anos a fio. Se o córtex pára… "o viver" também.

O córtex é um "hospedeiro" de 5 tipos de ondas, ou seja, de vibrações com frequências, fases e amplitudes diferentes. As mais comuns são:

não citando as Epsilon que aparecem nos yogi's quando estão em "animação suspensa", nas Lambda dos monges do Tibet meditando no exterior com temperaturas negativas, quase nus e derretendo a neve à sua volta e também na situação zone, que surge, por ex., na alta competição e em EAC particulares[*].

[*]- Ver "In the Zone, transcendence experience in sports", Michael Murphy, um pequeno livro de 300 pag com 100 pag. de bibliografia (1.545 livros) e "The futur of the body" com 800 pag. (e uma bibliografia de 2.145 livros) com estudos sobre vários métodos de desenvolvimento do Ki e seu uso em várias culturas, religiões e actividades como, por ex., no golf, andar no fogo, êxtase religioso e mesmo o específico caminhar do Tibete (lung-gom), Incas, etc.
Alexandra David-Neel, "Tibete, Magia e Mistério", Ed. Cultura Brasil,  fala do lung-gom, longas e rápidas caminhadas a pé, numa espécie de transe (EAC) em que, com a elasticidade de uma bola, se anda rápido e sem parar um dia e uma noite. Ela refere que o seu treino não é muscular mas sim desenvolver um determinado estado psíquico.

As actividades base para criar esta Zone parecem ser a meditação, consciência corporal (biofeedback?), visualização, práticas mentais, sonho acordado, quinestesia, relaxação, concentração, respiração, esvaziar mente (blank minds) e ritmos.

Em poucas palavras tudo se resume a [… mediante acções voluntárias, gerir situações corpo-mente de modo a provocar outro equilíbrio no conjunto das ondas do córtex], ondas essas que podem ser expressas pelos gráficos:

Estas acções voluntárias de manipulação neural estão "arrumadas" em diversas áreas e disciplinas, desde práticas religiosas institucionalizadas sob a forma de rituais até métodos e técnicas de artes marciais a pretexto de lutas, passando pela Yoga justificadas pela ginástica e Meditação pela procura de comunicar com o "outro lado".

A par de antigas tentativas de pôr o "córtex a alterar-se a si próprio" através de drogas, rituais, técnicas e bruxarias, algumas duráveis até hoje, encontramos agora a ciência a procurar caminhos novos.
Desde a psicanálise, com o terapeuta a servir de espelho para se conversar consigo próprio, até às confissões religiosas (ou não*), que são uma espécie de psicanálise de leigos, até à simples conversa afectiva**, tudo serve para o córtex se auto-transformar e mudar redes neurais, criando novos scripts (programações) de pensares, atitudes e comportamentos.

[*]- Vide a prática nos AA-Alcólicos Anónimos.
[**]- Não falando da educação, marketing, propaganda política  autoritarismo, etc, como formas de instalar decisões nos outros… , ou seja, CONVENCER, ou seja, pressionar neles a auto-criação de novas redes neurais conducente ao desejado. 

Como exemplo de algumas destas técnicas hoje difundidas no quotidiano "leigo", existe a Yoga e a Meditação.

5.2 - Yoga e Meditação

Para pensar Yoga e Meditação a partir de suas explicações "genuínas", é necessário rever conceitos e paradigmas de senso comum, pois nelas as palavras tem significados diferentes. Entre outros, dois conceitos fundamentais a rever são o significado de relaxação e visualização.

A yoga não é uma ginástica com métodos diferentes, nem meditar é um método de pensar. Ambas são métodos de gerir equilíbrios de ondas (frequência, fase, amplitude) no córtex e ambas, na sua prática, contêm factores comuns, entre eles, relaxação e visualização.

Casos interessantes são a Yoga sem posturas utilizada, por ex., em doentes acamados e a meditação "por andar" (e não apenas "durante o andar") utilizada, por ex., no treino de sentir o exterior into (dentro-fora) interior ou, por outras palavras, sentir a integração eu-contexto.
No caso da "Yoga sem posturas" o conceito importante é a relaxação, na "Meditação por andar" é a visualização.

Relaxação

A yoga não é uma ginástica postural e respiratória mas uma espécie de "ginástica meditativa". É a criação de um estado de espírito através de métodos respiratórios, movimentos e posições em equilíbrio tensional.
A "yoga sem posturas" baseia-se em controlos respiratórios[*] e em minuciosos e precisos controlos de sensibilidade muscular. Uma das suas maiores dificuldades está no controlo da relaxação.

[*] - Por ex., por controlar e relaxar músculos respiratórios é possível inalar mais com um pulmão do que com o outro (músculos intercostais internos e externos) ou mudar da respiração toráxica (barriga para dentro, peito para fora) para abdominal (uso do diafragma).

Relaxar não é hipotensionar músculos. Relaxar é equilibrar uma tensão muscular residual mínima mantendo uma mente activa, ou seja, adormecer não faz parte do processo. Pelo contrário, adormecer e relaxar são funcionamentos opostos, quando um começa o outro acaba[*].
No dizer de um teórico […relaxar é ter o corpo sonolento com uma mente bem acordada…], mente bem acordada é o oposto de mente a dormir.

[*] - Quando se diz "relaxa para dormir" quer dizer "fica descontraído (hipotenso) para dormir".
        Relaxar são ondas Alfa e Teta (fase 1 ou 2), dormir são ondas Teta e Delta (50% ou mais).

Como exemplo, o treino de relaxar não deve ser feito deitado (como se faz em muitas aulas de yoga) mas sim sentado, pois neste caso o adormecer é óbvio (cabecear) e o estado muscular (rigidez ou moleza) também são evidentes, pelo que o apoio anti-dormir (não aumentar ondas Delta mas aumentar ondas Alfa) pode ser dado de forma oportuna e fácil*. 
Dizer que a relaxação ou a meditação foram boas porque adormeceram significa que foram más porque elas não são comprimidos para dormir.

[*] - Daqui a dificuldade em doentes acamados.

Na perspectiva do córtex, relaxar significa tirar a dominância das ondas Beta e passar para a dominância de ondas Alfa ou Teta. As culturas orientais (yoga e meditação) nos seus métodos dão algumas "dicas" de actividades corporais facilitadoras do processo, muitas delas no campo da sensação corporal. 
Com algum treino, 5 minutos são suficientes para passar do stress da "balbúrdia de ideias na cabeça" (ondas Beta de 20/40 Hz) para o suave fluir de ondas Teta ou Alfa (04/13Hz) e aí "repousar" 50/60 minutos sem consciência do tempo passar.

Frequências Beta são as frequências da vida quotidiana (nível leve de 13/20Hz ou nível intenso de 20/40Hz), isto é, desde uma vida "calma e operacional" a uma vida "frenética e stressada".

Frequências Alfa e Teta são frequências da meditação. Nesta perspectiva as técnicas de meditar, desde respirações, quinestesia (interoceptiva, proprioceptiva), relaxações, visualizações, ritmos vocais (rezas ou cantilenas), musica, etc, usadas ao longo dos tempos, não são mais que tentativas de gerir qual a predominância das ondas no córtex e cuja expressão pode originar um transe ou um EAC*.
[*]- Estado Alterado da Consciência.

Visualização

As técnicas Budistas tradicionais não aconselham focalização em ideias ou imagens mas sim em sensações, ou seja, insistem na predominância dos "sentires".
É interessante que, nos escritos sobre o "rezar antigo", a insistência não é no "falar" com Deus mas sim no "sentir-se" em Deus. Segundo eles, rezar com a monotonia de ladaínhas e cantilenas cria um estado de hipotonia e hipnótico (rotinas??) redutor do ligar-se a Deus (religare ,i.é., religar, religião).

Esta opinião do "rezar antigo" é interessante sob o ponto de vista da gestão das ondas no córtex. Criar um estado de meditação (dominância de ondas Alfa), inerente a rezar, pode ser obtido por dois modos distintos.
Um deles é, numa predominância das ondas Beta sobre Alfa, pela rotina, reduzir as ondas Beta mas manter diminutas as ondas Alfa (Fig. A].
Por ex. na actividade de lavar a loiça muitas vezes a calma aparece devido à rotina mas isso não significa aumento das ondas Alfa, portanto não se entra em meditação por lavar a loiça.


O outro modo é, na mesma predominância das ondas Beta sobre Alfa, aumentar as ondas Alfa, independente de reduzir ou não as ondas Beta [Fig. B]. Neste caso, o estado meditativo aparece.
No ritual do "rezar antigo", longe da rotina, o EAC desejado aparece com o pretendido religare a Deus. Os rituais propostos, longe de ladaínhas e vocalizações rotineiras, procuram impedir estados hipnóticos e hipotónicos.

A diferença existente nos "rezares" de diferentes religiões é novamente um problema de conceitos, às vezes bem expressos nas "lógicas quotidianas" que tropeçam nos próprios pés.
Quando se diz:

- Gosto dele porque é bonito !!!

é uma frase sem sentido porque deveria ser:

- É bonito porque gosto dele !!!

Na verdade, a causa e a consequência estão trocados. Não é por ser bonito que se gosta, é por gostar que se é bonito. Não se gosta dos filhos porque são bonitos mas são bonitos porque se gosta deles.
Não convém trocar "pés mentais", a relação humana é demasiado complexa para reduzir as suas causas a meia dúzia de itens e valores culturais.

Saber porque se está apaixonado é fácil, […está-se apaixonado porque se está apaixonado…]. Todas as razões que se dão para isso acontecer nunca são a sua causa são apenas factores colaterais* que apanharam "boleia".
[*]- Quando realmente forem a causa real da paixão, então não é paixão é um negócio, quer ele seja económico, social, psicológico, marketing, etc.

Esta diferença é importante para aprofundar a diferença entre olharização e visualização.
Uma analogia, Ver-um-pôr-do-sol:

O prazer de ver um pôr do sol não está em tirar uma boa fotografia (não o impede), nem em construir na mente uma imagem do que vê (olharização). Está em "perder-se lá dentro", sentindo-se por ele envolvido e envolvendo-o, esquecendo o tempo, o espaço e o resto à sua volta. Numa palavra, visualizando-o.
Visualizar é criar uma indução afectiva com uma indução cognitiva, entendendo indução no seu sentido etimológico de acção de levar e trazer. Numa palavra é sentir um "choque"

Uma boa fotografia ou uma boa pintura de um pôr do sol são aquelas que, ao ver, se sente um "soco psico-afectivo", uma alteração no "modo de estar".
Ver um pôr-do-sol e sentir que perdeu e encontrou um modo de estar distinto do que tinha, é uma "visualização". Olhar um pôr-de-sol e não sentir alteração psico-afectiva é apenas "olharização".
Visualizar não é fazer uma fotografia mental por muito boa que seja a descrição, é […sentir com a mente…] um estado afectivo.
Como exemplo, um video com estímulos fotográficos e seus efeitos de "olharização" ou "visualização". A proposta é, depois de ver, se decidir quais são os estímulos que originam um caso e outro e porquê:


Se se analisar a mudança de voz, micro comportamentos e diferentes pulsações (70/80 ou 110/120) é clara a diferença no efeito dos dois tipos de fotos nos observadores, um pensar-com-os-olhos, o outro sentir-com-a-mente
Estes dois tipos, possíveis em qualquer humano, são nitidamente seleccionados pela cultura vigente. Há culturas mais dominadas pelo primeiro, por ex., "o profundo amigo conhecido no jantar de ontem" (fast friend culture), ou o "amigo de peito" das culturas mediterrâneas.

Esta diferença é também a diferença entre visualizar e olharizar um pôr-de-sol. As técnicas tradicionais de yoga e meditação, não fazendo essa  distinção, deixam claro a dominância do sentir-com-a-mente como o formato desejado.*
[*]- Estas diferenças culturais nos conceitos surgem noutras áreas, inquinando compreensões de metodologias. Por exemplo, o conceito "fazer amor" na educação sexual é descompreendido (misunderstand) se não se distingue o "doing love" do "making love" e sua possível conexão. 
Como experiência, tentar listar diferenças entre ambos e procurar explicá-las a adolescentes ou até a adultos. 
Também como experiência, tentar "encaixar" o conceito de "dever conjugal" numa delas ou, em alternativa, usar o conceito de "taking love". Para finalizar procurar traduzi-las para português.

As técnicas de visualização no apoio à relaxação e à meditação são usadas para provocar mudança psico-afectiva e não criar memorizações de detalhes e do seu conjunto (pensar-com-os-olhos).

Uma das técnicas mais citadas é a prévia identificação de pólos afectivos significativos (filhos, amigos, animais de estimação, cenas de infância, etc) para as introduzir discretamente na descrição da imagem relaxante, por ex., dentro de uma paisagem*.
Esses elementos recordatórios, detonadores de afectividade, funcionam como "triggers" (gatilhos) do aparecer o sentir-com-a-mente. (vide video anterior)

[*]- Descrever a um citadinocomo imagem relaxante, uma cascata e um lago quando ele nunca o viveu e só conhece arranha-séus, só servirá para ele imaginar e reproduzir fotografias mentais. Haverá um aumento de ondas Beta no córtex ao invés de ondas Alfa.
Como exemplo, descrever uma floresta como relaxante a um ex-combatente do Vietname poderá ter o efeito perverso, não de sentir a relaxação de contacto com a natureza, mas a tensão do combate e a angústia do perigo.


5.3 - A vida

Numa linguagem alegórica*, […viver é uma relação entre estímulos e reacção…] em que o córtex é uma espécie de cockpit a gerir ambos.
A cultura, educação, regras, liderança, etc, são apenas formas de organizar esse cockpit para que essa relação se expresse de forma desejada. Obedecer-ao-chefe e não-obedecer-ao-chefe significa apenas a posse de scripts** diferentes ou, então, um deles com avaria.
Na prática, educar é instalar scripts no cockpit humano. Esses scripts são essenciais pois garantem a segurança da relação estímulos-reacção, isto é, da vida***.

[*]- Alegoria quando uma expressão transmite um ou mais sentidos além do literal.
[**]- Script: sequência de padrões, programação, instruções operativas.
[***]- Matar alguém é anular essa relação, ou seja, é transformar o corpo (scripts activos) em cadáver (scripts não activos).

Há scripts automáticos/genéticos, outros culturais/adquiridos e outros geríveis pela vontade. A respiração é um caso interessante porque ela existe nas três condições, é genético, é aprendida com estimulações diferentes (ex., respirar com fumo) e é controlável pela vontade (pranayamas da ioga).

No caso dos humanos estas fronteiras entre genéticos, adquiridos e volitivos são flexíveis e são ainda um mundo cheio de mistérios entre mitos e realidades, possibilidades e impossibilidades.
Assim, uma questão educativa importante é o seu estilo pois, apesar de necessária, o formato da educação não é impune, influencia tanto (ou mais) que o conteúdo..
No caso dos humanos pode considerar-se dois grandes estilos:

1 - Formato rígido - quando a educação dada (scripts instalados) nunca é reformulável, i.é., não aceita aprendizagens, fica instalada e bloqueada. Socialmente é conhecida pelo nome de fanatismos.

Relembrando Charles Darwin com a teoria da […morte de espécies que não evoluem…], será equivalente à incapacidade de reformular scripts, Por sua vez Georges Lapassade com sua ideia do [imaturo nascimento do ser humano que precisa de longa estadia no útero social…], será equivalente à dominância dos scripts adquiridos (aprendidos) sobre os genéticos, podendo deduzir-se que os formatos rígidos não são educações aconselhadas na época actual.

2 - Formato flexível - quando a aprendizagem é constante até ao fim da vida com permanente avaliar, aferir e reformular scripts.

Relembrando A.Tofler e sua ideia de que […os analfabetos do século 21 serão os que não conseguem aprender, desaprender e reaprender e não os que não sabem ler e escrever…] pode deduzir-se a importância neste século do formato flexível.

O ser humano, e a vida que tem, depende muito do tipo de formatação que adquiriu com seus scripts. Na relação estímulos-reacção através do córtex, base do viver, será possível separar a ligação entre ambos? Isto é, fazer uma dupla conexão …EU sou estimulado mas TU reages...

Huau… se isto for possível, começa a ser interessante.
Exemplo:

Se ambos não soubessem que a ligação por eléctrodos era a causa de  um pensar e o outro fazer, ELA pensava que não interferia com o mexer da mão dele e ELE pensava que mexia a própria mão.

Com esta hipótese, a questão que surge é, se esta ligação "por cabo" estivesse a funcionar por "wireless", como seriam as relações humanas com um a pensar e o outro a fazer. tudo não consciente???
Mas outra questão é: -... e se já é assim e já funciona e não sabemos???
Com esta hipótese, outras questões surgem:

- será que ela é uma importante componente das relações humanas?
- será que, desde a aversão até à amizade e paixões, é tudo efeitos deste mecanismo weireless?
- será que a intuição, simpatia, empatia, paixões, é o efeito da separação estimulação e reacção e sua re-união weireless em hospedeiros diferentes?
- será que Romeu e Julieta eram apenas viciados deste weireless em que cada um se agarra a si próprio com a mão-do-outro e que, culturalmente, se chama apaixonados??

- para terminar, uma pergunta… poder-se-á treinar este weireless???

… e um pedido como conclusão…
não se estrague com psicotrópicos a entrada neste mundo misterioso, complexo e disponível para todos nós o vivermos, … e se deixe às crianças a aventura de o viver.

5.4 - Conclusão

Educar é apenas modelar o pensar,… para garantir as decisões desejadas.
Na prática, são técnicas de consertar (to fix) o córtex do outro para ele ficar com processamentos "correctos" e produzir acções "correctas".
Porém, não só o "correcto" é um deus de muitas caras como é instável e mutante:
Fiscalização de fato de banho correcto
pois a variabilidade é regra imutável do mundo do córtex.

Na verdade, não só, nunca há dois córtex's iguais como, por si próprio, cada córtex muda a cada momento.
Em cada segundo o córtex processa 400 milhares de milhões (400 billions*) de bits, isto é, selecciona e adquire novas informações para usar e [...das quais o indivíduo tem apenas conhecimento de 2.000]**.
Deste modo, em cada segundo, ele reformula a sua Base de Dados pelo que pode construir novos pensares, decisões e acções …isto é, tornar-se diferente.

[*]- Um bilião (port) tem 10¹² zeros e um "billion"(ingl) tem 10⁹ zeros pelo que, em português, ele deve ser traduzido por milhar de milhão (10⁹ zeros).
[**]- Dr. Joseph Dispenza, D.C. , Evolve your brain

Isto significa que deve haver duas condições essenciais na formação educativa.
Uma condição é fomentar a flexibilidade, isto é, ela nunca deve ser destruída ou impedida com formatos de rigidez.


A outra condição é potenciar a vitalidade*, isto é, ela nunca deve ser enfraquecida ou adulterada com drogas e/ou padrões de comportamento.
[*]- Morrer é perder a total vitalidade "estímulos-reacção", coma perder a quase total vitalidade, psicotrópicos é perder significativa percentagem dessa vitalidade.

Além de usar o critério das avós […se perde energia e alegria de viver… FAZ MAL] há outro critério que é imprescindível (ver video):

ou seja, falem com eles, ouçam-nos pois comunicar é pôr em comum (estar em comum, sentir) os outros, crianças e adultos.  A primeira condição é considerá-los como únicos, isto é, diferentes e não seres parcialmente clones de nós próprios.